O RH estratégico tem ganhado cada vez mais espaço dentro das companhias de todo o mundo, principalmente em momentos como os que estamos vivendo na atualidade, com a crise desencadeada pela Covid-19.
Neste momento, os gestores de Recursos Humanos se deparam com a necessidade de contribuir para a manutenção das atividades da empresa e, para isso, além da missão de engajar os funcionários, mantendo um ambiente de trabalho saudável, também é necessário pensar em soluções para diminuir os impactos econômicos nas companhias.
Quer saber como tornar o RH estratégico em um momento de crise? Então, continue a leitura!
O RH passa a ser cada vez mais estratégico dentro das organizações. Isso porque passa a atuar na gestão do clima organizacional e no alinhamento dos objetivos da empresa — com a contratação de profissionais mais alinhados ao fit cultural da companhia —, ajuda na tomada de decisões e contribui com ações de engajamento e motivação da equipe.
Com o advento da pandemia causada pelo novo coronavírus, o setor passa a atuar no “novo normal”, termo cunhado por Mohamed El-Erian, empresário americano, conselheiro econômico dos maiores staffs da Allianz, para elucidar que a atual crise não é como as que vivemos nas últimas décadas.
Ela interfere no cotidiano das pessoas e de nações em todas as esferas: ambiental, econômica, social e emocional. Ou seja, abala todas as áreas da vida do ser humano.
Diante desse cenário, o papel do RH dentro das empresas passa a ser, mais do que nunca, o de gerenciador das demandas de pessoas e organização, contribuindo para o ajuste de processos, como a implantação do home office, além de dispor de ações que contribuam para o bem-estar e para a segurança das equipes.
Não podemos negar que a folha de pagamento e os benefícios concedidos aos colaboradores, bem como investimentos em treinamento e desenvolvimento, representam um custo significativo para as organizações.
Em cenários, como o que estamos vivendo na atualidade, com funcionários subutilizados devido às restrições impostas pelo governo e orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a gestão do capital humano também se torna algo oneroso.
Isso sem falar nos custos com desligamentos e outros custos recorrentes, como o pagamento de impostos. Mas, como empresas são feitas por pessoas, e são elas as responsáveis por levar às companhias os resultados esperados, esses custos devem, cada vez mais, ser encarados como investimentos.
Quando a empresa conta com um RH proativo, ou seja, que antevê demandas, ela minimiza as chances do impacto em pessoas, ao mesmo tempo em que colabora para a manutenção de ambientes de trabalho mais engajados com os objetivos organizacionais.
No entanto, os benefícios não param por aí! As pessoas que fazem parte da organização se sentem cuidadas, e isso reflete em uma maior produtividade e na qualidade das entregas de produtos e serviços.
Em momentos como os que estamos vivendo, em que os impactos econômicos não podem ser negligenciados, é fundamental que a gestão de RH possa colaborar com ações e iniciativas que contribuam para a sustentabilidade da empresa no mercado.
Veja, a seguir, algumas medidas que podem ser tomadas pela gestão de RH!
O uso da tecnologia para diminuir distâncias já vinha sendo utilizado pelo RH em várias rotinas do setor: da informatização da folha de pagamento até softwares de recrutamento e seleção.
Com o isolamento social e a necessidade de se manter conectado para garantir a operação do negócio, a otimização dos processos usando softwares e outras ferramentas torna-se cada vez mais necessária.
Logo, é dever do gestor de RH propor soluções por meio dessas facilidades, conectando pessoas e processos, para que a operação continue funcionando, o que minimiza os impactos financeiros da empresa, principalmente em termos de produtividade.
Aproveitar a mão de obra durante o horário de trabalho é uma das questões fundamentais para uma boa estratégia de redução de custos no RH. Para isso, é necessário revisar os processos, distribuir melhor as tarefas, colocando as pessoas certas nos cargos certos, e até atuando na distribuição de responsabilidades de forma mais eficiente.
Assim, ao fazer a otimização da jornada de trabalho, o RH contribui para uma economia eficiente com horas extras, já que os funcionários terão à sua disposição ferramentas para melhorar a sua produtividade, aproveitando melhor o tempo de trabalho.
Além disso, com a otimização da jornada de trabalho, outros gastos com infraestrutura, como o pagamento de energia elétrica, água, telefone e recursos tecnológicos, também são reduzidos.
Ao adotar um banco de horas, você reduz custos com pagamentos de horas extras. A adoção desse processo está totalmente integrada com a legislação vigente, mas você precisa verificar se essa prática está contemplada no acordo coletivo da sua categoria. Para isso, consulte o sindicato local da categoria da sua empresa.
Além de ajudar a reduzir os custos na empresa, outra vantagem da adoção do banco de horas é que ele ainda incentiva os funcionários a não exercerem as suas funções além da jornada regular.
Retirar benefícios dos colaboradores, ainda mais em tempos de crise, nunca é uma boa ideia, já que isso pode impactar negativamente a imagem da marca empregadora da empresa. No entanto, otimizar e fazer a revisão da política referente à gestão dos benefícios é uma estratégia que pode ser utilizada para reduzir custos.
Uma boa forma de fazer uma gestão de benefícios eficiente é atrelando-os à produtividade. Profissionais que apresentem os melhores desempenhos, por exemplo, podem ser beneficiados com bônus e participações nos lucros. Com isso, a gestão de RH incentiva a busca por produtividade e a meritocracia, ao mesmo tempo em que evita gastos que não são necessários.
Em momentos de crise, vale contar com o bom relacionamento com fornecedores de serviços essenciais para manter a qualidade da gestão de RH, com recursos importantes para um eficiente gerenciamento do setor.
Negocie prazos e valores e peça descontos. A crise é para todos, e, provavelmente, seu fornecedor estará disponível para ajustar as propostas, a fim de manter a sua empresa como cliente.
Assim, tornar o RH mais estratégico em um momento de crise é possível com ações que têm como objetivo a redução de custos, ao mesmo tempo em que mantêm a valorização das pessoas e a marca empregadora da empresa.
Se você gostou deste post sobre como tornar o RH estratégico em um momento de crise, confira também como eliminar os custos da cesta básica!
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