O futuro do transporte de carga ganhou destaque durante a Semana Nacional do Trânsito, momento em que a Up Brasil decidiu aprofundar o tema e trazer uma visão clara sobre as mudanças que estão em curso no setor. Assim, como esse segmento é responsável por cerca de 65% de tudo o que circula no país, segundo dados oficiais do Ministério dos Transportes, compreender os rumos regulatórios é essencial para empresas, transportadores e profissionais que lidam diariamente com a complexa operação logística do Brasil. Além disso, entender o futuro do transporte de carga contribui para que organizações se preparem melhor e promovam operações mais eficientes, com impacto direto no bem-estar de todos.
Para esclarecer o cenário atual e apontar o que deve mudar nos próximos anos, conversamos com Thiago Aragão, superintendente de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Sendo assim, você confere uma entrevista completa, clara e atualizada sobre o futuro da regulamentação do transporte de carga, acompanhada de análises que ajudam a entender como cada medida impacta o mercado.

Antes da entrevista, vale reforçar: o setor vive uma fase intensa de digitalização, automação e novas exigências legais. Mudanças como o DTE (Documento de Transporte Eletrônico), a evolução do CT-e 3.0, ajustes no CIOT, obrigatoriedade de TAGs de identificação eletrônica e a modernização dos meios de pagamento de frete transformam completamente a rotina das empresas. Logo, preparar-se para o futuro da regulamentação do transporte de carga significa evitar multas, reduzir retrabalho e operar com mais transparência e segurança.
Além disso, regulações mais modernas tendem a melhorar a qualidade de vida dos transportadores, promover equilíbrio operacional e incentivar um ambiente de negócios menos burocrático. O que também fortalece o bem-estar dos profissionais envolvidos.
Agora, vamos à entrevista.
Thiago Aragão — Sim. As Instituições de Meios de Pagamento de Frete (IPEF) poderão gerar o Documento de Transporte Eletrônico (DTE) em nome do transportador autônomo de cargas. Essa mudança deve simplificar processos.
Desse modo, a transição faz parte do futuro da regulamentação do transporte de carga, criando mais integração entre sistemas e reduzindo burocracias que, por muitos anos, travaram o setor.
Thiago Aragão — A emissão do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) é regulada pelas Secretarias da Fazenda por meio do Confaz. Segundo o calendário definido, o novo modelo do manifesto passará a ser obrigatório a partir de outubro.
A ANTT acompanha o calendário e reforça que, a partir da obrigatoriedade, empresas que não emitirem o manifesto estarão sujeitas a multas fiscais e também penalidades específicas do transporte.
Logo, essa medida reforça o futuro da regulamentação do transporte de carga ao padronizar processos e ampliar a rastreabilidade.
Thiago Aragão — A Portaria 171/2017 estabeleceu o cronograma de implantação ao longo de todo o ano de 2018, seguindo uma sequência baseada na quantidade de pontos de fiscalização eletrônica em cada estado. O cronograma começou por Goiás e Distrito Federal, seguido por Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Assim, a obrigatoriedade da TAG é uma das ações mais importantes para o futuro da regulamentação do transporte de carga, pois aumenta a segurança e reduz fraudes.
Thiago Aragão — Ainda estamos em fase de estudos. Entretanto, a diretriz principal é clara: É necessário, desburocratizar. O objetivo é exigir menos documentos e eliminar exigências ultrapassadas, como reconhecimentos em cartório. Isso, demonstra como o futuro da regulamentação do transporte de carga tende a ser mais simples, ágil e digital.
Thiago Aragão — Sim. A revisão faz parte da agenda regulatória da ANTT e está detalhada no cronograma disponível no site da agência. Uma mudança já definida é o entendimento de que a exclusividade do TAC-Agregado deve ser vinculada ao veículo, e não ao transportador.
Assim, um TAC com três veículos poderá trabalhar com três empresas diferentes, logo, um para cada caminhão. Isso evita que veículos fiquem parados e melhora a renda do transportador, além de trazer mais flexibilidade ao mercado.
Dessa forma, essa atualização é central para o futuro da regulamentação do transporte de carga, permitindo modelos operacionais mais modernos e eficientes.
Assim, ao analisar todas essas mudanças, fica claro que o futuro do transporte de carga caminha para um ambiente mais digital, menos burocrático e com foco no bem-estar dos trabalhadores.
Com tecnologias avançadas, documentos eletrônicos e diretrizes mais claras, o setor deve ganhar agilidade, segurança e competitividade nos próximos anos. A Up Brasil continuará acompanhando de perto essas mudanças, atuais e de impacto para empresas e profissionais.
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